Uma das frentes de trabalho do Projeto Smart Metropolis está relacionada ao desenvolvimento de aplicações voltadas para cidades inteligentes utilizando o FIWARE, uma plataforma genérica e extensível que tem se mostrado capaz de atender a uma série de requisitos considerados fundamentais no contexto de cidades inteligentes, tais como suporte a tratamento de grande volume de dados, interoperabilidade, segurança, ciência de contexto, ferramentas para desenvolvimento de aplicações, entre outras.
O FIWARE tem sido amplamente utilizado na Europa em diversos casos de sucesso, proporcionando uma vasta gama de aplicações de cidades inteligentes desenvolvidas e em operação utilizando a plataforma. Isso justifica-se principalmente pelo fato de ser uma plataforma aberta, livre de royalties e que oferece um conjunto de interfaces que facilita o desenvolvimento de aplicações para cidades inteligentes. Na busca por soluções de segurança da informação, que se tornou uma prioridade no desenvolvimento de aplicações, o professor Carlos Eduardo da Silva, coordenador do WP-Infraestrutura do Projeto Smart Metropolis, e Gabriela Cavalcante, encontraram um erro na plataforma FIWARE e foram além. Corrigiram o erro e agora tem participação na ferramenta oficial, que está sendo usada hoje em mais de 100 cidades e possui mais de 20 sedes ao redor do mundo.
Enquanto trabalhavam na plataforma, Carlos e Gabriela encontraram um mal funcionamento em um dos códigos e consultaram a documentação e a própria equipe do FIWARE para verificar o que poderia estar causando isso. Porém a equipe não conseguiu dar o suporte necessário, como explica Gabriela: “Para descobrirmos onde e por que o erro ocorria, fizemos um estudo aprofundado do código fonte dos componentes de segurança do FIWARE e, graças a esse estudo, conseguimos identificar um bug no software e como soluciona-lo”.
Após encontrar o erro, os dois o corrigiram, realizaram alguns testes e verificaram que haviam achado a solução. Ao entrar em contato com a equipe do FIWARE, propuseram a solução, que foi calorosamente aceita e agora está incorporada ao código oficial da plataforma. “Com essa contribuição, teremos nossa solução sendo utilizada por todos que desenvolvem essas aplicações ao redor do mundo, além de demonstramos o quanto nossa equipe vem se empenhando em conhecer e utilizar os componentes do FIWARE”, completou o professor Carlos Eduardo.
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